e porque não uma pura extinção
digo eu entredentes
enquanto os lábios estalam
o contrário enganados
da sentença fecunda
e da palavra de paz
e porque não
porque o que corrói
não é o entusiasmo que se cumpre
mas o entusiasmo que nasce morto
ou é esventrado vivo
enfiando nós o estatuto
cobarde de meros transeuntes
em contemplação académica
à cata de indicadores e normas
pistas e métodos
e acréscimos de experiência
afinal – de que nos vale aprender
segurar um lápis um livro uma colher
melhor é uma mais pura extinção
para escapar ao luzidio repasto
do adiado esquecimento
Monday, November 01, 2010
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