no intervalo dos dedos gelados
sempre me estalam palavras
um pleno registo deste jeito
de garganta amarga e barriga acre
e assim no intervalo penso
sobre a tensão que me sacode
mera obsessão como outra
suponho - a chegar à verdade
entaladas no frio as palavras
no intervalo do afecto e da raiva
mas palavras sobre palavras
são só palavras
torno-me estupefacto e sonso
de ombros em fractura
Friday, April 18, 2008
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