Jogar os grãos de pó
e deitar fora
as contas da vida
fazer do pó e seus grãos
amuletos de sorte
e enforcar-se numa ermida
O ar é pintado pelos grãos
já por si muito são
só há tão-só e apenas o senão
de não estarem já tão-só e apenas em minhas mãos
Os grãos lá foram – “Foram-se”
e voltei a deitar contas à vida
fiz do pó – e seus grãos –
coisas banais e fúteis das idades
e enforquei-me em umas cidades
[2003]
Tuesday, February 13, 2007
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