Wednesday, January 03, 2007

Para a Mracata Jany

Jany
digo que o nosso país
é uma insidiosa máquina
de lavra do perecimento

no frio de cinfães
ou na maresia do funchal

digo, mas não juro,
que castelo de paiva é
um machico grávido

e gaia a mitologia
de um olimpo pequeno

Jany
somente tu mereces
uma palavra só para ti

uma palavra que celebre
a vida que semeias

os teus passos vagarosos

hei-de ir à madeira
de quinhentos, e trazer-te,
Venerável, uma cana-de-açúcar

Pelas tuas mãos
viseu seria açúcar - ou álcool

1 comment:

Anonymous said...

Obrigada, meu amigo...